Antes da largada, Cauã Rodrigues, líder do campeonato e pole position, destacou a importância de manter o foco. "Me sinto muito bem com a moto, está sendo um bom fim de semana até agora. Mas o trabalho ainda não acabou, tem o mais difícil que é a corrida. Eu sou líder do campeonato, com uma distância boa. O mais importante é o campeonato, regulamento debaixo do braço, calculadora. Vamos ver no que vai dar", afirmou.

A disputa foi definida nos metros finais. Kaká Fumaça (Projeto P1) venceu, seguido de Cauã Rodrigues (DRT) e João Fascineli (Fascineli Racing). Fumaça cruzou a linha de chegada a apenas 0,045 à frente de Rodrigues, após uma recuperação nas curvas finais.

O vencedor comentou sobre o retorno ao circuito gaúcho e o ritmo nos treinos: "A pista foi toda reformada, está muito boa, e hoje no warm-up já consegui fazer a melhor volta, mais rápido do que a Superpole ontem. Estou com a expectativa à mil, acredito que tenho um bom ritmo. Vim para cá com objetivo de vencer e fazer a pole, senti que tinha ritmo, mas a moto começou a escorregar, então precisei administrar a prova e observar os adversários. No início tentei abrir vantagem, mas precisei dosar para não forçar demais. No final queria atacar, mas o Herbert estava muito agressivo. Foi uma corrida intensa, cheia de trocas de posição e estratégia até a última volta. Foi uma prova e tanto, com pilotos de altíssimo nível."

O piloto da casa, Herbert Pereira, destacou a energia do público e a emoção de correr em Santa Cruz. "A energia é muito boa. Todo povo gaúcho, minha família, amigos, todo mundo aqui. Estou muito feliz de estar com eles. Um dia maravilhoso, recorde de público em Santa Cruz do Sul, só temos a agradecer", disse. Sobre o retorno de uma lesão, completou: "estou um pouco sem preparo ainda, retornando de lesão, foram quatro meses, mas graças a Deus estou me adaptando rápido e em casa, que é o principal."

Na Daytona 660 Light, Fabrício Zamperetti, da Ipiranga Bioleve Camargo Racing, venceu após boa recuperação e garantiu o título de campeão brasileiro de forma antecipada. Flavio Trevizan (PRT Racing Team) chegou em segundo e Lincoln Camilo (Cajuru Racing) completou o pódio.

Na pista

Na largada, Cauã Rodrigues manteve a ponta, mas Kaká Fumaça assumiu a liderança logo na primeira curva. Um incidente envolvendo Léo Henry, Maurício Marques e Tiago Crespo provocou bandeira amarela e exigiu atenção dos demais pilotos.

Na segunda volta, Fumaça seguia à frente, com Cauã em segundo, João Fascineli em terceiro e Pedro Balla em quarto. Pela Light, o melhor colocado era Flavio Trevizan, em sétimo. Pouco depois, Geovani Batalha caiu e abandonou a corrida.

Os quatro primeiros se mantiveram muito próximos, enquanto o gaúcho Hebert Pereira aparecia logo atrás, em quinto. Na volta seguinte, Fumaça conseguiu abrir pequena vantagem, mas Fascineli passou a pressionar Cauã Rodrigues, e Hebert encostou em Pedro Balla.

Zamperetti subiu para oitavo, atrás de Trevizan, ambos da Daytona 660 Light. A partir da sexta volta, Rodrigues, Fascineli e Hebert voltaram a encostar em Fumaça, retomando a disputa pela liderança.

Na volta sete, Cauã recuperou a ponta, mas Fumaça permaneceu colado, com diferença de apenas 0s095. O ritmo era intenso, e na oitava volta os cinco primeiros trocaram posições, com Fascineli subindo para segundo e Hebert para terceiro. Fumaça caiu para quarto e Balla manteve o quinto lugar.

A diferença entre os cinco primeiros era de menos de um segundo, enquanto o sexto colocado já vinha mais de 20 segundos atrás. Zamperetti ultrapassou Trevizan e assumiu a liderança da Light. Trevizan perdeu rendimento e caiu para nono, atrás de Lucas Bessa.

Nas voltas finais, Fumaça voltou a pressionar Hebert Pereira, e os dois fizeram curvas lado a lado. Pedro Balla perdeu contato com o grupo da frente, que seguia firme na disputa. Na última volta, Fascineli perdeu posição após um toque com Hebert.

Na última volta, o piloto gaúcho errou o ponto de frenagem e caiu na entrada da Ferradura, ficando na pista. A definição veio na linha de chegada: Kaká Fumaça ultrapassou Cauã Rodrigues nos metros finais e venceu por apenas 0s045 de diferença.

Daytona 660 Cup - Daytona 660 Light
(Resultado da prova válida pela sexta etapa após 12 voltas)

1º) Kaká Fumaça (Triumph/DAYTONA 660 Cup), Projeto P1, 12 voltas em 17m58s354
2º) Caua Rodrigues (Triumph/DAYTONA 660 Cup), Drt Racing Team, a 00s045
3º) João Fascineli (Triumph/DAYTONA 660 Cup), Fascineli Racing, a 00s575
4º) Pedro Balla (Triumph/DAYTONA 660 Cup), Cajuru Racing, a 02s496
5º) Fabricio Zamperetti (Triumph/DAYTONA 660 Light), Ipiranga Bioleve Camargo Racing, a 37s939
6º) Welber Barros (Triumph/DAYTONA 660 Cup), Brothers Racing Team, a 39s480
7º) Lucas Bessa (Triumph/DAYTONA 660 Cup), Pioneiro Motonil Motors, a 43s568
8º) Flavio Trevizan (Triumph/DAYTONA 660 Light), Prt Racing Team, a 50s729
9º) Lincoln Camilo (Triumph/DAYTONA 660 Light), Cajuru Racing, a 15s107
10º) Thiago Rivera (Triumph/DAYTONA 660 Light), Cesar Barros Racing, a 15s198
11º) Olimpio Filho (Triumph/DAYTONA 660 Light), Kavo Racing Team, a 1 Volta
Não completou:
Hebert Pereira (Triumph/DAYTONA 660 Cup), W2V Motosports
Beto Mendes (Triumph/DAYTONA 660 Ligh), Kavo Racing Team
Geovani Batalha (Triumph/DAYTONA 660 Light), Bg Race Team
Leo Henry (Triumph/DAYTONA 660 Cup), Bg Race Team
Mauricio Marques (Triumph/DAYTONA 660 Light), Drt Racing Team
Tiago Crespo (Triumph/DAYTONA 660 Light), Drt Racing Team
Melhor volta: Kaká Fumaça, com 1min28s619, média de 141,416

A Daytona 660 Cup é uma categoria inovadora do MOTO1000GP, desenvolvida em parceria com a Triumph Motorcycles Brasil. Estreando na temporada de 2025, a competição é pioneira no mundo ao reunir exclusivamente motos do modelo Daytona 660 em um grid padronizado. A iniciativa proporciona um ambiente de alto nível técnico, ao mesmo tempo em que mantém a acessibilidade para pilotos em ascensão.

A sétima etapa da Daytona 660 Cup será em 26 de novembro no Circuito dos Cristais, em Curvelo, Minas Gerais, durante o GP Pirelli. O MOTO1000GP, que é o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, segue todos os protocolos de segurança exigidos pela Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) e pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). O campeonato conta com o patrocínio da Yamaha, Triumph, Motul, Pirelli, BMW Motorrad, Suhai Seguradora e Ducati, e o apoio da Revista Duas Rodas e da plataforma Motorsport.com. As corridas são transmitidas no canal do YouTube do MOTO1000GP, no BandSports em rede nacional e em sete países pelo canal New Brasil, também do Grupo Bandeirantes de Comunicação, além do Canal RACER Brasil.