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Rally: duplas apoiadas pela Can-Am estão entre favoritas ao título do Dakar 2022
Reportagem: Christian Marxen / Erica Munhoz
Carbono.AG Comunicação
A disputa, que começa em 1º e se encerra em 14 de janeiro, conta com duplas da Can-Am Factory Racing Team a bordo do Maverick X3.

Desde que revelou sua aclamada plataforma Maverick X3, disponível em 2017, vencer corridas e conquistar pódios tornou-se algo frequente para a Can-Am Off-Road. E em 2021 não foi diferente. Coletivamente, a Can-Am Factory Racing Team levou para casa ainda mais títulos ao redor do mundo, dentre os quais o Sertões (Deninho Casarini e Ivo Mayer); o Campeonato Brasileiro de Baja (Rodrigo Varela) e o Brasileiro Cross-Country (Deni Nascimento e Idali Bosse). E se prepara para mais um, desta vez no mais importante de todos, o Rali Dakar, que começa no próximo sábado, 1º de janeiro, e segue até o dia14, na Arábia Saudita. Conhecido como a corrida off-road mais difícil do mundo, o Dakar leva corredores e máquinas ao limite ao longo de milhares de quilômetros e por duas semanas de competição cheia de adrenalina.

A edição 2022 contará com quase 100 participantes a bordo de UTVs, dos quais 75% competirão com um Can-Am Maverick X3. Uma curiosidade, ou melhor, uma constatação: nos últimos quatro anos do Dakar, um Can-Am cruzou a linha de chegada primeiro. E mais, conquistou também todos os dez primeiros lugares nos últimos dois anos. Este ano, as duplas apoiadas pela Can-Am – Austin Jones (Estados Unidos) e Gustavo Gugelmin (Brasil); Francisco 'Chaleco' López (Chile) e Juan Pablo Latrach Vinagre (Chile); Molly Taylor (Austrália) e Dale Moscatt (Austrália); Gerard Farres Guell (Espanha) e Diego Ortega Gil (Espanha); e Aron Domzala (Polônia) e Maciej Marton (Polônia) – estão entre as favoritas para chegar ao topo.

A dupla brasileira Rodrigo Luppi e Maykel Justo também participarão com um Maverick X3 preparado e assistido pela South Racing Can-Am.

O maior do mundo

O Dakar 2022 terá 12 etapas e mais de oito mil quilômetros de percurso (4,3 mil deles cronometrados) em 14 dias de competição pela Arábia Saudita. Ao todo, serão 578 veículos entre motos, quadriciclos, UTVs, carros e caminhões e 750 competidores, incluindo navegadores, encarando o desafio. Mais uma vez a largada será em Jeddah com um deslocamento de 636km até Ha'il, onde acontecerá o prólogo de 19km. Para facilitar a logística, a organizadora Amaury Sport Organisation (ASO) optou por cinco etapas em laço (largada e chegada no mesmo local). Duas delas em torno de Riyadh, onde acontecerá o dia de descanso da caravana, em 8 de janeiro. Pilotos e navegadores completam o rali em Jeddah. A promessa é de ainda mais areia e dunas e muita exigência na navegação. E, pela primeira vez, o Dakar contará pelos campeonatos mundiais de rally cross-country FIA e FIM.

Domínio Can-Am

Foi Reinaldo Varela quem deu o pontapé inicial para o grande domínio da Can-Am no maior rali do mundo e coroou uma trajetória incrível nas mais diversas provas do Brasil e do exterior com o título mais importante de sua carreira: a conquista do Rali Dakar 2018, tendo ao seu lado justamente o navegador catarinense Gustavo Gugelmin, parceiro de tantas provas e vitórias e que agora compete com o norte-americano Austin Jones. A competição daquele ano foi iniciada em Lima, no Peru, com passagem pela Bolívia e concluída em Córdoba, na Argentina.

Dono de um retrospecto invejável no esporte a motor, a patriarca da Família Poeira ainda sagrou-se tricampeão mundial de rali cross-country, bicampeão do Sertões, octacampeão brasileiro de rali, mas este ano estará apenas na torcida por mais um título para o Brasil.

Em 2019, com o Dakar todo realizado no Peru, houve grande crescimento no grid dos UTVs, com 30 tripulações inscritas. Naquela temporada, a última da competição em solo sul-americano, a Can-Am ganhou de vez o protagonismo na prova, com 24 veículos na disputa. O chileno Francisco 'Chaleco' López, oriundo da categoria motos, faturou o Dakar pela primeira vez, tendo como navegador o conterrâneo Álvaro León Quintanilla. Varela e Gugelmin terminaram em terceiro.

No ano seguinte, em 2020, Casey Currie venceu o Dakar em um Maverick X3, dando à Can-Am a terceira vitória consecutiva na competição. Os veículos Can-Am cruzaram a linha de chegada em todas as dez primeiras posições. Na sequência, em 2021, Chaleco López venceu pela segunda vez a prova e também arrematou o título na categoria protótipos leves com um Maverick X3, mesmo competindo na categoria UTV.

Em todos esses anos, é inegável a preferência de pilotos e copilotos pelos UTVs Can-Am. Nas duas categorias em 2022, SSV e protótipos leves, o número de inscritos, 52 e 47, respectivamente, só reforça o protagonismo da marca canadense no Rali Dakar.

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