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Motovelocidade: a Fireblade do Team HRC no calor de Jerez no WSBK
Reportagem: M. Ghigonetto / F. Bonatto / A. Guedes
Foto: Divulgação
Honda Competições
Os pilotos do Team Honda HRC Alvaro Bautista e Leon Haslam estão prontos para dar continuidade ao desenvolvimento da nova Honda CBR 1000RR-R SP Fireblade.

O Campeonato Mundial de Superbikes 2020, que teve sua primeira etapa disputada no início de março na pista de Philip Island, Austrália, voltará as atividades neste final de semana com a disputa da etapa da Espanha. A longa paralisação determinada pela pandemia do Covid-19 não reduziu a grande expectativa para esta temporada do WorldSBK, principalmente por marcar a volta da equipe oficial Honda à disputa deste importante torneio dedicado a motocicletas derivadas de série.

Os pilotos do Team HRC, o espanhol Alvaro Bautista e o britânico Leon Haslam, tem à disposição a novíssima Honda CBR 1000RR-R Fireblade SP. Totalmente renovada, esta mais recente geração da lendária Fireblade exigirá dos pilotos e equipe técnica um intenso trabalho de desenvolvimento para atingir o mais elevado grau de competitividade.

Diferentemente da MotoGP, no WorldSBK são três corridas válidas para a pontuação a cada final de semana: no sábado acontece a corrida 1, no domingo a programação começa pela manhã com a Superpole Race, corrida mais curta e com pontuação reduzida, que precede a corrida 2 disputada à tarde. Na abertura do campeonato, que marcou a estreia da Fireblade nas pistas, Haslam conseguiu como melhor resultado o 5º lugar na corrida 1, enquanto Bautista foi 6º colocado nas corridas 1 e 2. Tais resultados deram aos pilotos do Team Honda a sexta (Bautista) e nona posição (Haslam) na classificação do campeonato.

Para Alvaro Bautista, a etapa de Jerez, em sua pátria, representa a chance de obter um ótimo resultado mesmo considerando o fato da Fireblade estar ainda no início de seu desenvolvimento. Para o experiente britânico Haslam, competir no circuito andaluz é sempre prazeroso, pista onde já obteve resultados expressivos.

Veja os comentários dos pilotos:

Alvaro Bautist

"Voltar a competir após a pausa devido à Covid-19 é um alívio. Antes de chegar a Jerez realizamos dois dias de testes na pista de Barcelona e outros dois dias em Aragón. Em Barcelona recuperei os automatismos necessários à pilotagem de alto nível, já em Aragón tive a oportunidade de trabalhar no acerto da Fireblade. Isso fará com que a etapa de Jerez possa ser encarada de modo mais confiante do que a estreia na Austrália. Eu realmente gosto do traçado de Jerez, que conheço muito bem, e meu objetivo é estar mais perto dos ponteiros. "

Leon Haslam

"Passou muito tempo desde nossa estreia na Austrália e creio que agora, em Jerez, a chance de colher resultados relevantes é grande, inclusive pelas características desta pista. Treinamos aqui no começo do ano e essa experiência somada aos novos ajustes e aperfeiçoamentos tornará possível obter os resultados que desejamos. Na Austrália nossa moto tinha desempenho para ao menos chegar ao pódio, mas não foi isso que aconteceu. Aqui teremos uma chance de fazer isso acontecer. "

Honda no WorldSBKQuando o Campeonato Mundial de Superbike começou em 1988 como uma categoria internacional para motocicletas de produção, os organizadores buscaram a paridade de potência entre diversos modelos restringindo os motores de quatro cilindros a 750cc, e permitindo que bicilíndros tivessem até 1000cc. Apesar disso, a Honda RC30 equipada com motor V4 de 750cc dominou as primeiras temporadas do Mundial de Superbike com o piloto norte-americano Fred Merkel, vencendo os campeonatos de Pilotos e Fabricantes nos primeiros dois anos e mantendo o título de Fabricantes em 1990.

Após estes primeiros anos as motos equipadas com motores bicilíndricos começaram a tirar vantagem da maior cilindrada, dificultando as coisas para os modelos com motores de quatro cilindros. Porém, o Team HRC conseguiu, em 1997, vencer os campeonatos de Pilotos e Fabricantes com o americano John Kocinski no comando da Honda RC45 de motor V4 750cc. No ano 2000 os engenheiros da HRC resolveram criar uma máquina bicilíndrica de 1000cc para substituir o V4 de 750cc. Assim nasceu a VTR1000 (também conhecida como RVT1000 ou RC51), que obteve sucesso imediato com o norte-americano Colin Edwards, ganhador do título daquele ano. Dois anos depois Edwards e sua Honda RC51 repetiram a conquista.

Em 2003, mudanças no regulamento eliminaram a vantagem de 250cc para as máquinas de dois cilindros. Enquanto isso, na categoria MotoGP se consumava a transição dos motores 2T de 500cc para os motores 1000cc 4T, o que levou a HRC tomar a decisão de concentrar seus esforços na MotoGP e se retirar do WorldSBK. No entanto, a Honda CBR1000RR Fireblade continuou a ser usada com sucesso por equipes satélites, conquistando o título de 2007 com o britânico James Toseland pelo Team Hannspree Ten Kate.

Em 2019 a Honda participou de um projeto conjunto com Moriwaki e Althea, entrando no campeonato WorldSBK com uma equipe apoiada pela HRC, a Moriwaki Althea Honda Team, que colocou Leon Camier e Ryuichi Kiyonari ao guidão das CBR1000RR SP2. A temporada se mostrou bastante desafiadora, mas ao mesmo tempo frutífera com vistas às atividades de 2020.

Em 2020 a Honda retorna ao WorldSBK com o Team HRC, uma equipe 100% de fábrica, sediada nas instalações da HRC Europa, em Barcelona, Espanha, espaço compartilhado com as equipes da MotoGP e do Rally Dakar.

Calendário Worldsbk 2020

01 de março - Austrália - Philip Island
03 de agosto - Espanha - Jerez de la Frontera
09 de agosto - Portugal - Portimão
30 de agosto - Aragón - Motorland
06 de setembro - Teruel - Motorland
20 de setembro - Catalunha - Montmelò
04 de outubro - França - Magny-Cours

Sobre a Honda no Brasil:

Em 1971, a Honda iniciava no Brasil as vendas de suas primeiras motocicletas importadas. Cinco anos depois, era inaugurada a fábrica da Moto Honda da Amazônia, em Manaus, de onde saiu a primeira CG, até hoje o veículo mais vendido do Brasil. De lá para cá, a unidade produziu mais de 25 milhões de motos, além de quadriciclos e de motores estacionários que formam a linha de Produtos de Força da Honda no País, também composta por motobombas, roçadeiras, geradores, entre outros. Para facilitar o acesso aos produtos da marca, em 1981 nasceu o Consórcio Honda, hoje a maior administradora de consórcios do mercado nacional, que faz parte da estrutura da Honda Serviços Financeiros, também composta pela Seguros Honda e o Banco Honda. Dando continuidade à trajetória de crescimento, em 1992 chegavam ao Brasil os primeiros automóveis Honda importados e, pouco tempo depois, em 1997 a Honda Automóveis do Brasil iniciava a produção do Civic, em Sumaré (SP). A segunda planta de automóveis da marca, construída na cidade de Itirapina (SP), foi inaugurada em 2019 e concentrará, a partir de 2021, toda produção dos modelos locais, enquanto a unidade de Sumaré se consolidará como centro de produção de motores e componentes, desenvolvimento de produtos, estratégia e gestão dos negócios do grupo Honda. Atualmente, 2 milhões de automóveis da marca já foram produzidos em solo nacional. Durante esses anos, a empresa também inaugurou Centros Educacionais de Trânsito, de Treinamento Técnico, de Distribuição de Peças e de Pesquisa & Desenvolvimento. Estruturou uma rede de concessionárias hoje composta por aproximadamente 1.300 endereços. Em 2014, em uma iniciativa inédita no segmento, a Honda inaugurou seu primeiro parque eólico do mundo, na cidade de Xangri-Lá (RS). O empreendimento supre toda a demanda de energia elétrica da fábrica de automóveis e dos escritórios das cidades de Sumaré e São Paulo, reduzindo os impactos ambientais das operações da empresa. Em 2015, a Honda Aircraft Company anunciou a expansão das vendas do HondaJet, o jato executivo mais avançado do mundo, para o Brasil. Saiba mais em www.honda.com.br e www.facebook.com/hondabr

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