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Stock Car: Átila abre 2020 atrás do título que falta para ele e para a Shell
Reportagem: Luis Ferrari
Foto: José Mário Dias
Sorocabano faz sua corrida de número 200 na categoria em Goiânia.

Átila Abreu já viveu quase todas as emoções que a Stock Car é capaz de proporcionar.

Vice-campeão atrás apenas de seu ídolo de infância, duas vezes terceiro no campeonato, estreante do ano, recordista de poles em uma temporada, recordista de vitórias em uma temporada, autor da ultrapassagem mais bonita de uma temporada... Também já amargou ter que assistir dos boxes seu carro nas mãos de outro piloto, enquanto se recuperava de lesão provocada por um acidente na pista.

Falta o título.

E é de olho nessa conquista inédita para ele e para a Shell que o piloto inicia a temporada 2020 da Stock Car neste fim de semana em Goiânia.

A primeira corrida da rodada dupla de domingo será a prova de número 200 do piloto que, com 15 vitórias, é o 11º no ranking dos maiores vencedores da categoria.

Será um dia de novas experiências para o sorocabano de 33 anos de idade. Estreia com a equipe Shell V-Power Crown Racing e estreia do novo Chevrolet Cruze #51, em uma etapa cheia de restrições por conta da pandemia -na operação de pit-stop, por exemplo, serão apenas quatro mecânicos trabalhando (em 2019 eram sete).

O primeiro contato com time e carro novos foi muito positivo na avaliação do piloto. Eles foram para a pista do Velocitta no início do mês, ocasião em que Átila trabalhou pela primeira vez com o ex-piloto e chefe de equipe Duda Pamplona dentro de um autódromo. O competidor sorocabano avalia que, em um ano cheio de novidades, o know how da equipe bicampeã em 2015 e 2016 pode ser chave para terem a leitura mais precisa da reação dos carros e conseguir a melhor performance.

E a expectativa é que venha logo em Goiânia.

A pista é palco de grandes memórias para o piloto, que, desde sua primeira vitória na Stock Car em 2010, atinge o degrau mais alto do pódio ao menos uma vez por ano há uma década. Além de um par de poles, ele tem duas vitórias, no seco e no molhado, no traçado do Planalto Central.

As atividades de pista têm início no sábado, com um shake down, dois treinos livres e o quali. No domingo a programação determina duas baterias de 30 minutos mais uma volta, com a primeira largando 11h30.

A regra do grid invertido para a segunda bateria segue valendo, da forma já consagrada na Stock Car desde 2014. Outra regra mantida para 2020 é a votação do Fan Push, enquete oficial no site da categoria que premia seis competidores com um botão de ultrapassagem extra na segunda bateria.

Quatro perguntas para Átila Abreu:

O que espera da temporada, com carros novos e em nova equipe?

Tenho certeza que vai ser uma temporada bem atípica para os padrões que estamos acostumados. Além das mudanças no carro, tem também o fator pandemia. Sobre o carro: é um carro que tivemos pouco tempo de rodagem na pista, então ter uma equipe competente por trás vai me ajudar muito. Estou confiante em ter bons resultados e brigar pelo título no final da temporada. A Crown Racing é uma equipe que mostrou muita competência ao longo dos últimos anos e quem conseguir entender melhor esse carro novo vai sair na frente nesse começo de campeonato.

Quais as principais diferenças entre o carro novo e o do ano passado?

A principal diferença é a entrada da Toyota, se juntando a Chevrolet, no grid da Stock Car. Tecnicamente mantivemos o chassis das temporadas anteriores, mas com a adição do monobloco, o que enrijece um pouco o carro. Ele quica um pouco mais, tornando diferente o estilo de pilotagem. Outra mudança foi no downforce do carro, com a asa menor, o que deixou o carro mais solto nas curvas de alta. Por ter um entre-eixo menor, o carro fica mais ágil nas curvas de baixa, contorna mais fácil. Mas, nas curvas de alta ele perde um pouco da estabilidade. O carro é cerca de 50kg mais pesado que o anterior, isso afeta alguns outros componentes do carro. A última mudança a se destacar é no motor: antes tínhamos o V8 com escape para os dois lados, agora o escape é para um lado só, então vai ter mudança no barulho do carro. O carro parece ser mais quente do que era no interior e isso vai ser mais um desafio.

Como foi o impacto da pandemia na sua preparação para 2020?

Eu chego mais bem preparado do que nos últimos anos, a pandemia me fez treinar mais e por isso chego um pouco melhor. No começo todos nós ficamos um pouco perdidos sem saber o que fazer, mas logo conseguimos nos adaptar para se preparar pro ano de 2020. Aproveitei para treinar bicicleta ao ar livre e treinos físicos em casa. O que mais afetou foi a ansiedade de ter uma definição de data para voltarmos a correr.

Qual imagina que será o segredo do sucesso para buscar bons resultados em 2020, com as adaptações necessárias a um calendário mais apertado e mais pontos em disputa no mesmo fim de semana?

O principal segredo vai ser adaptação: a equipe e o piloto que se adaptarem mais rápido ao cenário atual vão pular na frente no campeonato. Quem conseguir entender o carro mais rápido vai ter mais sucesso no ano. A confiabilidade passa a ser um ponto importante na corrida pelo título. Para os pilotos, se tiver uma corrida por final de semana ano todo é o cenário ideal. O calendário mais curto é um desafio a parte para a equipe por conta de viagens e preparação do carro. Ter uma boa administração da equipe vai ser importante para ter um carro rápido e confiável.

O piloto e suas marcas:

Nome: Átila Abreu
Idade: 33
Residência: Sorocaba (SP)
Número: 51
Equipe: Shell V-Power – Crown Racing
Temporadas na Stock Car:
Vitórias: 15
Poles: 10
Pódios: 41
Principais conquistas na carreira: Vice-campeão da Stock Car (2014), terceiro colocado na Stock Car (2012 e 2017), Maior vencedor da temporada 2018 da Stock Car, Maior número de poles na temporada 2013 da Stock Car, Autor da melhor ultrapassagem da temporada na Stock Car (2015), Rookie of the Year da Stock Car (2008), Campeão da Porsche Cup Endurance Series 3.8 (2019), Vice-campeão F-BMW (2004), Finalista dos X-Games GRC Lites (2014)
Temporadas com a Shell: 5

Sobre a Raízen:

A Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, se destaca como uma das empresas de energia mais competitivas do mundo e uma das maiores em faturamento no Brasil, atuando em todas as etapas do processo: cultivo da cana, produção de açúcar, etanol e energia, comercialização, logística interna e de exportação, distribuição e varejo de combustíveis. A companhia conta com cerca de 30 mil funcionários, que trabalham todos os dias para gerar soluções sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento do país, como a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir dos coprodutos da cana-de-açúcar. Com 26 unidades produtoras, a Raízen produz cerca de 2,0 bilhões de litros de etanol por ano, 4,2 milhões de toneladas de açúcar e tem capacidade para gerar cerca de 940 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A empresa também está presente em 66 bases de abastecimento em aeroportos, 67 terminais de distribuição de combustível e comercializa aproximadamente 25 bilhões de litros de combustíveis para os segmentos de transporte, indústria e varejo. Conta com uma rede formada por mais de 6.000 postos de serviço com a marca Shell, responsáveis pela comercialização de combustíveis e mais de 950 lojas de conveniência Shell Select. Além disso, a companhia mantém a Fundação Raízen, que busca estar próxima da comunidade, oferecendo qualificação profissional, educação e cidadania. Criada há mais de 14 anos, a Fundação Raízen possui seis núcleos no interior do estado de São Paulo e um em Goiás e já beneficiou mais de 13 mil alunos e mais de 4 milhões de pessoas com ações realizadas desde 2012.

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