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Drugovich concedeu entrevista ao site da Fórmula 2 antes de sua estreia
Reportagem: Erno Drehmer
KGCom
Três primeiras etapas da Fórmula 2 serão realizadas em finais de semana consecutivos, na Áustria e na Inglaterra.

Vindo da Fórmula 3 e prestes a fazer sua estreia na Fórmula 2 na próxima semana na Áustria, o brasileiro Felipe Drugovich deu uma entrevista exclusiva para o site oficial da categoria, quando falou sobre seus novos desafios.

Na entrevista, o piloto da MP Motorsport fala também sobre porque entende este ser o momento certo para ingressar na Fórmula 2 e sobre as experiências que terá ao lado do experiente piloto japonês Nobuharu Matsushita, seu companheiro na equipe holandesa MP Motorsport.

Confira a entrevista:

Felipe Drugovich pode estar entrando em águas profundas neste início da temporada de Fórmula 2 em Spielberg, na Áustria, mas com a introdução dos novos pneus de 18 polegadas – que devem tornar o carro mais balanceado, ele acredita que não existe momento melhor para mudar de categoria.

O campeão do Euroformula Open de 2018 pode não ter tido tão bons resultados quanto seus companheiros rookies Robert Shwartzman e Marcus Armstrong na Fórmula 3 no ano passado, mas Felipe Drugovich vê 2020 como uma temporada de progresso. Seu foco principal não é lutar pelo título, mas melhorar a si mesmo, se preparando para alcançar o título nos anos seguintes.

"É mais ou menos como se todos estivessem começando do zero", diz Drugovich sobre a diferença que os novos pneus vão fazer. "Este é um dos motivos pelos quais eu optei por fazer a Fórmula 2 este ano, porque nivela todos os pilotos. Por isso, acredito ser um bom ano para iniciar na categoria", completa.

Felipe Drugovich competirá pela equipe holandesa MP Motorsport. "Eu ainda estou conhecendo a equipe e o carro, bem como os pneus novos, e até o momento tudo tem ido muito bem. Eu sei que ainda preciso melhorar em muitas áreas e estou me dedicando a isto", ressaltou.

Atualmente com 20 anos, Drugovich foi quem teve o melhor resultado final dentre seus colegas na Carlin Buzz na última temporada da Fórmula 3, terminando em 16º com oito pontos, lidando com um carro que sentiu que não correspondia às suas habilidades como piloto.

Depois dos treinos coletivos da Fórmula 2 no início do ano no Bahrein, o brasileiro acredita que o carro se adapta a seu estilo particular de guiada, além de revelar que ele adiciona ritmo e potência.

"Penso que eu me encaixo mais no estilo de guiada do F2. Eu me senti realmente confortável com a equipe e com o carro desde o primeiro treino. Fui o segundo colocado na última sessão no Bahrein, cheguei a ter o segundo melhor tempo geral em determinado momento e terminei em 3º no resultado final", relembra Felipe Drugovich.

"Você tem muito mais downforce em relação ao peso do carro. Normalmente eu não sou aquele piloto que freia tarde, mas sim aquele que carrega velocidade nas curvas, então eu penso que isso está me ajudando um pouco. Acredito que o downforce do F2 veste como uma luva para mim, muito mais do que o da Fórmula 3. Não vejo que o carro da F3 fosse tão adequado para mim quanto é este", disse o brasileiro.

O brasileiro se junta à holandesa MP Motorsport, equipe que teve grande avanço em 2019. Os holandeses finalizaram a temporada em sétimo – uma posição acima do que no ano anterior –, com 96 pontos, 35 a mais do que em 2018.

Integrando o time ao lado do piloto de ponta Nobuharu Matsushita, Drugovich poderá se aproveitar do conhecimento do japonês, bem como aprender com suas experiências.

"Eu estou gostando muito da forma que a MP trabalha", complementa Drugovich. "Eles trouxeram pessoas novas para a equipe e as escolheram muito bem. Até o momento estamos trabalhando muito bem e estamos melhorando a cada dia", continua.

"O Nobu também está ajudando demais toda a equipe. É muito bom para a equipe e para mim poder aprender com ele. Eu acho que é uma ótima oportunidade para a MP", finaliza Felipe Drugovich.

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