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Martelinho de Ouro: a arte de desamassar sem danificar a pintura

  O número de oficinas que levam o nome Martelinho de Ouro cresceu muito nos últimos anos, mas é preciso tomar cuidado, pois a técnica não é a mesma coisa que funilaria.

Já fazem muitos anos quando apareceu pela primeira vez na televisão (no programa do Jô Soares) um especialista, que demonstrou pela primeira vez diante das câmeras, uma técnica de desamassar chapas de aço de automóveis. Foi um verdadeiro sucesso e a arte passou a ser conhecida como Martelinho de Ouro. Foi no programa do Jô Soares, quando um convidado apresentou-se com o capô do seu carro todo amassado. Durante o programa, que teve uma grande audiência, o próprio Jô bateu no capô criando mais alguns amassados. Mas, pouco a pouco, com habilidade e paciência, o convidado do programa deixou o capô liso novamente, em estado de novo.

O convidado havia trabalhado muitos anos como funcionário de uma montadora em São Bernardo do Campo, onde desnvolveu essa técnica de recuperação de veículos 0 km que sofreram pequenas avarias (incluindo chuva de granizo) enquanto estavam no pátio da montadora.

O amassado cria tensões superficiais na chapa, e ao pressionar-se nos lugares certos ela tende a voltar à posição original, desfazendo o amassado. Desde que não ocorram vincos na chapa (pois estes anulam as tensões originais) e que a pintura não esteja danificada (com trincas inclusive) essa técnica pode ser empregada.

Os preços podem ser até parecidos com os praticados em oficinas de funilaria, mas a grande vantagem é que o carro fica "original" e em alguns casos é impossível dizer onde estava amassado. Na funilaria já é bem mais difícil de conseguir esses resultados, e normalmente pessoas com mais experiência na compra e venda de veículos usados conseguem, na maioria das vezes, identificar onde houve um amassado. Outro aspecto é a dificuldade em acertar o tom de uma pintura, principalmente metálica, pois a tinta mais antiga já está mais "queimada" pelo sol. Neste caso costuma-se pintar a peça toda (todo paralama ou todo capô) para conseguir homogeneidade.

Deve-se ficar atento, pois qualquer técnica que implique em refazer a pintura não é Martelinho de Ouro.

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